Advogado Detona o STF? Chiquini Revela Suposta Armação Contra ‘Kid Preto’, uma das maiores operações de apreensão de aparelhos eletrônicos já registradas no Brasil ganhou um novo capítulo recheado de polêmicas e críticas dentro do Supremo Tribunal Federal (STF).
O advogado Jeffrey Chiquini, responsável pela defesa do tenente coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo — conhecido como “Kid Preto” — fez duras acusações contra a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República (PGR). Segundo ele, a investigação que levou à prisão de seu cliente está marcada por graves falhas, omissões de provas fundamentais e até manipulações que comprometem a lisura do processo.
A defesa afirma que Azevedo está injustamente preso e apresenta um conjunto de evidências que, segundo o advogado, não foram sequer consideradas pelas autoridades judiciais. Este cenário levanta importantes questionamentos sobre os limites da investigação criminal e a garantia dos direitos fundamentais no Brasil.
A Maior Apreensão de Aparelhos Eletrônicos na História do País
Em um episódio sem precedentes na história do Brasil, cerca de 1200 aparelhos eletrônicos foram apreendidos em uma operação que mobilizou esforços extraordinários da Polícia Federal. Ao todo, foram analisados 1214 laudos de celulares, que resultaram na coleta de aproximadamente 158 mil mensagens e 77 gigabytes de documentos digitais, todos relacionados a um suposto esquema criminoso envolvendo narcotráfico civil.
No entanto, apesar da imensa quantidade de dados e informações apreendidas, não há uma única menção ao tenente coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecido como “Kid Preto”. Essa ausência de referências no material coletado levanta sérias dúvidas sobre a consistência da acusação que o mantém preso. Para a defesa, esse fato evidencia que o coronel pode estar sendo injustamente acusado, já que seu nome não aparece em nenhuma das provas eletrônicas que formam a base da investigação.
A Acusação Contra ‘Kid Preto’

Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecido como “Kid Preto“, está preso há mais de seis meses sob a acusação de estar nas proximidades da residência do ministro Alexandre de Moraes durante uma suposta tentativa de atentado contra autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF). Contudo, tanto a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) quanto o relatório final da Polícia Federal carecem de provas concretas que sustentem essa grave acusação.
O advogado Jeffrey Chiquini, que defende o tenente coronel, afirma categoricamente que as evidências apresentadas configuram uma narrativa construída sem base factual. Para ele, todo o processo é uma “farsa” destinada a incriminar seu cliente injustamente, já que as provas que poderiam inocentar Azevedo foram ignoradas ou omitidas pelas autoridades responsáveis pela investigação. Essa falta de fundamentação levanta sérias dúvidas sobre a veracidade das acusações e a integridade do processo judicial.
Críticas contundentes à atuação do STF e da Polícia Federal
O episódio não passou despercebido por membros da oposição política e setores da sociedade civil que criticam duramente a postura do STF e da Polícia Federal. Parlamentares, juristas e lideranças políticas têm denunciado que o Supremo, ao aceitar e validar investigações com falhas técnicas e jurídicas evidentes, compromete a sua imagem de guardião da Constituição e dos direitos humanos.
A Polícia Federal, por sua vez, é acusada de agir de forma seletiva e instrumentalizada, conduzindo investigações com vieses políticos e utilizando-se de métodos questionáveis para atingir determinados alvos. As críticas apontam para um uso político das forças policiais federais, o que não apenas ameaça a imparcialidade das investigações, mas também coloca em risco a democracia e o Estado de Direito.
Líderes da oposição lembram que o Brasil já viveu momentos sombrios em que o poder judiciário foi usado para perseguições políticas, citando o exemplo da Operação Lava Jato, que embora tenha sido reconhecida por combater a corrupção, também teve episódios em que foram questionadas a parcialidade e a violação de direitos fundamentais. Nesse contexto, o caso de Rodrigo Azevedo é visto como um reflexo de um sistema que ainda não conseguiu encontrar o equilíbrio entre o rigor das investigações e a garantia dos direitos dos acusados.
Um sistema judicial pressionado e em crise
Além das críticas diretas, o episódio expõe fragilidades do sistema judicial brasileiro, especialmente no que diz respeito à transparência e à prestação de contas em processos de alta complexidade e visibilidade pública. A demora para que a defesa tivesse acesso às provas, a rejeição de evidências que poderiam inocentar o acusado e a manutenção da prisão preventiva mesmo diante de contradições evidentes no processo levantam dúvidas sobre o compromisso do Judiciário com a justiça.
Defensores dos direitos humanos e movimentos sociais também têm se manifestado contra o que consideram uma criminalização excessiva de militares e outros setores, muitas vezes em processos marcados por estratégias midiáticas e politizadas. Eles ressaltam que a justiça não pode ser instrumento de perseguição, mas deve garantir um julgamento justo, equilibrado e independente.

A importância da presunção de inocência e do direito à ampla defesa
Em um estado democrático, a presunção de inocência é um pilar inegociável. Nenhuma pessoa deve ser considerada culpada antes do trânsito em julgado da sentença, e o direito à ampla defesa deve ser garantido em todas as etapas do processo. No caso do tenente coronel Azevedo, a defesa argumenta que esses direitos foram severamente violados, e que o processo seguiu um caminho contrário à justiça, com a prisão baseada em conjecturas e provas frágeis.
Esse cenário reforça a urgência de reformas no sistema de justiça criminal para evitar prisões arbitrárias e garantir que as investigações sejam conduzidas com rigor técnico e respeito absoluto às garantias processuais. O uso político das instituições de segurança pública e do Judiciário não pode se sobrepor à necessidade de um julgamento justo.
Reflexões finais: segurança pública versus direitos individuais
O caso do “Kid Preto” traz à tona o delicado equilíbrio entre a necessidade legítima de garantir a segurança pública e a obrigação do Estado de proteger os direitos individuais. Enquanto a sociedade exige respostas rápidas e eficazes para crimes graves, especialmente aqueles envolvendo ameaças às instituições democráticas, é fundamental que esses processos sejam transparentes e fundamentados em provas sólidas.
A pressão por resultados não pode se transformar em pressa injustificada que coloca em risco a liberdade e a dignidade de cidadãos. Mais do que nunca, é necessário que o sistema judicial brasileiro se comprometa com a imparcialidade, com a integridade e com a defesa dos direitos humanos, de modo a preservar a confiança da população nas instituições.
O Apelo pela Justiça e pela Liberdade
O caso do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo, conhecido como “Kid Preto”, chega a um ponto crítico com o apelo enfático de seu advogado, Jeffrey Chiquini, pela rejeição imediata da denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pela libertação urgente de seu cliente. Para Chiquini, trata-se não apenas de um erro jurídico grave, mas de uma violação frontal aos direitos e garantias fundamentais assegurados pela Constituição Brasileira.
Segundo ele, o sistema judicial está falhando em sua missão mais básica: garantir o respeito à presunção de inocência e à ampla defesa. O advogado afirma que a manutenção da prisão de Azevedo, mesmo diante de provas documentais que comprovam sua inocência, revela um processo enviesado, onde os fatos objetivos são ignorados em prol de uma narrativa construída politicamente.
A Justiça como instrumento de coerção?
O apelo da defesa de Azevedo ganha ainda mais peso quando colocado no contexto político atual. Setores da sociedade, da oposição e até mesmo juristas independentes vêm denunciando o uso do aparato judicial e policial como instrumento de coerção e intimidação contra opositores e militares. Chiquini, em suas falas públicas, deixa claro que o caso do tenente-coronel se insere nesse cenário, onde decisões judiciais não estariam mais baseadas exclusivamente em provas, mas em interesses e conveniências políticas.
Essa visão tem sido amplamente compartilhada por políticos da oposição, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em entrevistas e declarações recentes, Bolsonaro manifestou seu repúdio ao que chama de “perseguição jurídica” contra militares e aliados do seu governo. “Não há Estado de Direito quando se prende sem prova. O que está acontecendo é um verdadeiro absurdo. O coronel Azevedo está sendo usado como bode expiatório”, disse Bolsonaro em um pronunciamento a apoiadores em Brasília.
Bolsonaro: “Estão destruindo biografias de brasileiros de bem”
O ex-presidente foi ainda mais incisivo ao afirmar que o Judiciário está “destruindo biografias de brasileiros de bem, que serviram ao país com honra e dignidade.” Para Bolsonaro, a prisão de Azevedo reflete uma escalada autoritária no país, onde o STF e a Polícia Federal estariam agindo de forma desproporcional e parcial. “É um militar condecorado, sem ficha criminal, sem histórico de desvio de conduta. Isso é justiça? Ou é vingança política?”, questionou.
Tais falas ecoam o sentimento de indignação que também vem sendo manifestado por parte da população nas redes sociais, especialmente por grupos que defendem valores como disciplina, hierarquia e legalidade dentro das Forças Armadas. Muitos enxergam no episódio um risco para a segurança institucional do país, uma vez que o cerceamento de direitos de militares sem provas pode minar a confiança nas instituições democráticas.

Impacto humano e moral da prisão
Jeffrey Chiquini, ao longo das entrevistas e manifestações públicas, não se limita à defesa técnica. Ele insiste em destacar o impacto humano e emocional da prisão injusta na vida de Rodrigo Azevedo e de sua família. “Estamos falando de um pai de família, um profissional exemplar, que teve sua liberdade retirada com base em suposições. Isso não é justiça. Isso é um atentado moral contra um cidadão inocente”, declarou o advogado em uma das audiências.
Azevedo, segundo a defesa, estava em casa comemorando seu aniversário no momento exato em que a Polícia Federal afirma que ele estaria próximo à residência do ministro Alexandre de Moraes, em uma suposta tentativa de atentado. As imagens, mensagens e dados extraídos da nuvem de sua conta Apple são considerados pela defesa como provas irrefutáveis de sua inocência — e, ainda assim, não foram consideradas pela acusação.
O fato de tais evidências terem sido deixadas de lado na denúncia formal levanta questionamentos profundos sobre a imparcialidade da investigação. “É como se não quisessem ouvir a verdade. Estão mais interessados em manter uma narrativa do que em fazer justiça”, acusa Chiquini.
Um chamado à responsabilidade institucional
Diante de todo esse cenário, o advogado faz um apelo direto às instituições brasileiras: que deixem de lado ideologias, disputas políticas e pressões externas e se comprometam com o que realmente importa — a verdade e a justiça. Ele cobra um posicionamento ético do Judiciário, um exame isento dos fatos e uma atuação firme para corrigir o erro cometido.
“Manter Rodrigo preso é condenar a Justiça ao descrédito. É dizer à população que provas não importam e que o Estado pode, a qualquer momento, destruir a vida de um cidadão por conveniência. Isso é inaceitável. Exigimos a rejeição da denúncia e a imediata liberdade de um homem inocente”, afirma Chiquini.
Liberdade como princípio inegociável
Mais do que um caso jurídico, o episódio do “Kid Preto” tornou-se um símbolo de um momento delicado no Brasil: em que os limites entre justiça, política e perseguição estão cada vez mais tênues. O clamor pela liberdade de Rodrigo Azevedo é, portanto, também um clamor pela preservação do Estado Democrático de Direito.
O advogado conclui: “Ou reafirmamos os valores constitucionais, ou seremos reféns de um sistema que pune antes de julgar e silencia em vez de escutar. Rodrigo Azevedo merece sua liberdade. E o Brasil merece um Judiciário justo, imparcial e comprometido com a verdade.”
O apelo de Chiquini encontra eco em um país polarizado, onde a confiança nas instituições depende, mais do que nunca, da sua capacidade de agir com equilíbrio, transparência e justiça.
Conclusão
O caso do “Kid Preto” evidencia não apenas as complexidades envolvidas nas grandes operações policiais no Brasil, mas também ressalta a importância crucial de uma atuação judicial transparente, justa e pautada no respeito aos direitos fundamentais. A defesa apresentou evidências robustas que colocam em xeque a versão oficial da investigação, enquanto o processo continua aberto, suscitando questionamentos sobre o delicado equilíbrio entre segurança pública e garantias individuais.
Esse episódio reforça a necessidade urgente de limites claros para as investigações criminais e de mecanismos efetivos que assegurem que nenhuma pessoa seja condenada sem provas concretas e irrefutáveis. A justiça deve sempre preservar a presunção de inocência e garantir o pleno direito à defesa, sob pena de comprometer a credibilidade do sistema legal e os valores democráticos.